História
(Presidente Hermes R. da Fonseca)
DECRETOS PRESIDENCIAIS
Decreto 8.791 de 21/06/1911
Concede à SÃO PAULO ELECTRIC COMPANY, LIMITED autorização para funcionar na República dos Estados Unidos do Brasil.
(Presidente Hermes R. da Fonseca)
Decreto 9.007 de 04/10/1911
Concede à SÃO PAULO ELECTRIC COMPANY, LIMITED os favores constantes do Decreto n° 5.646 de Agosto de 1905, para aproveitamento da força hidráulica do Rio Sorocaba, Estado de São Paulo, no trecho compreendido entre o ponto que fica cerca de 100 metros acima da Serraria do Banco União de São Paulo e o local denominado Salto.
(Presidente Hermes R. da Fonseca)
Decreto 17.206 de 29/01/1926
Concede à SÃO PAULO ELECTRIC COMPANY, LIMITED autorização para continuar a funcionar na República.
(Presidente Arthur da Silva Bernardes)
Decreto 18.569 de 22/01/1929
Concede à SÃO PAULO ELECTRIC COMPANY, LIMITED autorização para continuar a funcionar na República.
(Presidente Washington Luís P. de Souza)
Decreto-Lei 3.023 de 01/02/??
Dispõe sobre o fornecimento de energia elétrica na sede distrito de Mairinque, município de São Roque, Estado de São Paulo, por parte da SÃO PAULO ELECTRIC COMPANY, LIMITED.
(Presidente Getúlio Vargas)
Decreto 10.485 de 24/09/1942
Autoriza a SÃO PAULO ELECTRIC COMPANY, LIMITED a construir uma linha de transmissão para fornecimento de energia elétrica ao distrito de Salto de Pirapora, município de Sorocaba, Estado de São Paulo.
(Presidente Getúlio Vargas)
Decreto 16.654 de 26/09/1944
Concede à SOCIEDADE ANÔNIMA SÃO PAULO ELECTRIC COMPANY, LIMITED autorização para continuar a funcionar na República.
(Presidente Getúlio Vargas)
Decreto 18.109 de 19/03/1945
Autoriza a SÃO PAULO ELECTRIC COMPANY, LIMITED a modificar o traçado da linha de transmissão Itupararanga-Sorocaba e dá outras providências.
(Presidente Getúlio Vargas)
MAPA CRONOLÓGICO
1820
Naturalistas europeus atraídos à região de Sorocaba, principalmente por causa das atividades siderúrgicas da Fazenda Ipanema, percorreram as circunvizinhanças, tendo alguns, até mesmo, subido o Rio Sorocaba em direção à sua nascente, conforme relato do brilhante Auguste de Saint-Hilaire:
(Fonte: "Viagem à Província de São Paulo” – Vol. II, pg. 263/264)
“Fiz com Sellow e o ouvidor de Itu uma pequena excursão, muito agradável, a-pesar-da (sic) chuva que durante a mesma caía. Fomos visitar a uma légua acima de Sorocaba, uma queda de água formada pelo rio do mesmo nome, e ainda mais bela que a de Itu.
Descrevendo uma curva, o rio Sorocaba cai de golpe, de uma elevada altura, sobre massas de rochedos, suas águas saltam, espumam, para em seguida correrem pacificamente entre margens cobertas de matas virgens.
Grandes árvores estendem seus ramos por cima da cascata, embaixo da qual há uma ilhota onde crescem alguns arbustos, e ao lado, vê-se, entre as folhagens, um fio de água que, escapando do rio, faz mover um moinho.”
Sobre o mesmo local descreve Varnhagen:
“Existe, a uma légua da vila de Sorocaba, no rio de igual nome, uma queda de água de cerca de 300 pés ingleses, à qual se dá o nome de Salto do Voturatí. O rio Sorocaba tem 200 pés de largura e tem o livre curso impedido por muitas outras cascatas menores; entretanto, apresenta longos intervalos em que corre suave, prestando-se à navegação. Formou esse rio, em sua margem direita, uma vasta gruta, cuja abóbada é ornada por numerosas estalactites, e que os moradores da região chamam Palácio.” (Beobachtungen, etc.. in ESCHWEGE, Jour., II, 253/254). É possível que Voturatí provenha de itú (cascata), ra (cousa semelhante, que se parece), ty (brancura). (Ruiz de Montoya, Tes. Guar., 164-bis, 335-bis e 385)
Pela decomposição da palavra acima, equivaleria a mesma à cascata branca, nome que certamente foi dado à essa queda de água, por causa da alvura de suas espumas.
1886
(09/11) - D. Pedro II visita a cachoeira de Votorantim
(Transcrever na íntegra do relato de A.F.Gaspar, pg 271)
1890
O Banco União do Estado de São Paulo adquire de particulares 1.800.000 m
Esse projeto previa a instalação de fábricas (lã, cassa e chita); a construção de uma usina elétrica; de uma olaria; de indústria caieira e minas para a extração de ardózia, granito e mármore. Para a exploração das jazidas minerais, acima descritas, o Banco União instalou em Itupararanga, uma bem montada Serraria de mármore com maquinário movido à roda de água, e dezenas de casas para moradias de funcionários.
O transporte de materiais, máquinas e operários aos diversos canteiros de obras, requereu ao Banco União, estudos vizando (sic) a construção de um leito para o assentamento de uma estrada de ferro.
Para executar tal tarefa foi contratado o Dr. Calixto de Paula Souza, engenheiro civil formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, e de competência inquestionável.
Assim, em 06 de Agosto de 1890, o Jornal “Diário de Sorocaba” informava:
“O Banco União, que tem sede na capital, requereu à Intendência Municipal desta cidade, concessão para ligar o bairro de Votorantim com a Estrada de Ferro Sorocabana por meio de uma linha de carris de ferro de tracção a vapor ou animal, tendo por ponto de partida a estação desta cidade...”
1895
Início da eletrificação da cidade de São Paulo (Revista Light, nº 1, pg 15).
1896
Os irmãos Lacerda obtêm autorização da Câmara Municipal de Sorocaba para fundarem Usina Elétrica.
1897
O Dr. Paula Souza, à serviço do banco União do Estado de São Paulo, envia à imprensa de Sorocaba amostras do mármore de Itupararanga.
1899
(07/04) – Obtida, pelos senhores: James Gunn, Alexander Mackenzie, John Smith, Herbert Vernon, Archibald Sinclair, Richard Gosset e Ernest McNeil, carta patente, para o funcionamento da “São Paulo Railway, Light & Power Company”, na cidade de São Paulo.
1900
Surtos de febre amarela retardam a inauguração oficial da usina elétrica de Sorocaba.
1900
(07/05) – Circula pelas ruas de São Paulo o primeiro bonde elétrico, inaugurando a linha “Barra Funda”. No dia 13/05, começa a linha “Bom Retiro” e, em 27/05, a linha “Vila Buarque” (Revista Light, nº 1, pg 13).
(14/09) - 113 lâmpadas funcionavam em algumas ruas do centro de Sorocaba. Concessionários tentavam fixar data para inauguração definitiva e cumprir com a instalação prevista em contrato.
Os irmãos Lacerda perdem a concessão para A.J.Byington , que promete melhorias na usina e rede elétrica.
1903
(Janeiro) – A.J.Byington completa reorganização da usina e rede elétrica.
1904
(16/06) – O Sr. Bernardo Lichtenfels Jr. adquiriu as instalações de propriedade de A.J.Byington.
(01/08) - O Sr. Bernardo Lichtenfels Jr. adquiriu glebas de terras contendo cascatas e saltos no Rio Sorocaba, a fim de instalar usina hidrelétrica.
1905
(05/01) – Inauguração das obras da Empreza (sic) Elétrica de Sorocaba, em Itupararanga, em grande estilo, com muitas autoridades presentes. Na ocasião, Dr. Alfredo Eugênio de Almeida Maia (Superintendente da E.F.Sorocabana), discursa e cognomina Sorocaba de “Manchester Paulista”.
1907
(01/05) – Pela primeira vez em sua história, Sorocaba tem algumas de suas ruas centrais iluminadas por energia elétrica. A subestação da Rua do Conselho (Ubaldino do Amaral) está completamente operacional.
1908
(19/11) – Mr. Charles Murphy, Secretário de Estado do Canadá, assina carta patente incorporando a “Brazilian Electric, Steel and Smelting Co., Ltd” à “São Paulo Electric Co. Ltd.”.
Presidente: Mr. James Steeles Lowell. Secretário: Mr. William Bain. Procurador no Brasil: Mr. Alexander Mackenzie. Sede: Toronto, Canadá.
1910
(03/03) – A diretoria da “São Paulo Electric Co. Ltd.” vota os regulamentos e estatutos da companhia que são imediatamente ratificados, sancionados e confirmados por seus acionistas.
1911
(19/03) – Correspondência de Mr. Nesbitt, dirigida a Mr. Frederick Stark Pearson, informa características da Serra de São Francisco, por onde escoa o Rio Sorocaba, com o objetivo de desenvolver estudos que viabilizem a construção de uma grande usina.
(12/05) – Mr. Frederick Stark Pearson, engenheiro norte-americano ligado à “The São Paulo Tramway Light and Power Co. Ltd.”, decide construir uma usina hidrelétrica de grande porte em Itupararanga.
(12/05) - O secretário de Estado do Canadá, Mr. Charles Murphy, autoriza a mudança do nome social da empresa "Brazilian Electro Steel ans Smelting Co., Ltd. para "São Paulo Electric Company Limited".
(13/05) – A “S.P.E.Co.Ltd”. concede procuração ao Sr. Alexander Mackenzie para que este requeira, junto ao Governo Federal do Brasil, licença, para o funcionamento legal dessa recém-formada empresa canadense em território brasileiro.
(21/06) – O presidente Hermes da Fonseca concede autorização para a S.P.E.Co. Ltd. operar em território brasileiro.
(23/06) – Lavrada escritura de compra da Empreza Elétrica de Sorocaba pela São Paulo Electric Co. Ltd., pela importância de 3.000:000$000 contos de réis.
(04/10) – Decreto nº 9007, do Presidente Hermes da Fonseca, concede à S.P.E.Co.Ltd., os favores constantes do Decreto nº 5646, de Agosto de 1905, para aproveitamento da força hidráulica do Rio Sorocaba, no trecho compreendido cerca de 100m acima da Serraria do Banco União de São Paulo e o local denominado “Salto”.
1919
O Comendador Antonio Pereira Inácio, passa a ser o maior acionista da “Sociedade Anônima Fábrica Votorantim” (S.A.F.V.) e inicia preparativos visando a eletrificação da Estrada de Ferro Elétrica Votorantim (E.F.E.V.), bem como, o alargamento das bitolas dessa estrada, para 1m.
1922
(04/02) – Inaugurada a eletrificação da E.F.E.V. trecho compreendido entre Votorantim e Sorocaba, com grande comemoração. Presentes: Dr. Washinton Luiz, presidente do Estado de São Paulo e autoridades locais.
(Agosto) – O Diário Oficial do Governo de São Paulo publicou relatório da diretoria da S.A.F.V., do qual transcrevemos o seguinte trecho:
“Para os restantes kilometros, até o fim da nossa via férrea, quem vae de Votorantim a Itupararanga e Serraria (uzina ‘The São Paulo Tramway, Light & Power Co. Ltd’.) estamos com o leito respectivo já preparado, assentados os dormentes de bitola de um metro e só aguardando a chegada dos novos trilhos. Dentro em breve, contamos poder concluir as obras de eletrificação total da Estrada de Ferro, com o aproveitamento da nossa força hidráulica, e eliminando com isso, a grande verba destinada a combustível.”